7 dicas para se livrar das dívidas de uma vez por todas (Guia Definitivo)

Pesquisas mostram que aproximadamente 60% dos brasileiros possuem dívidas, e que cerca de 10% desse público endividado não conseguirá arcar com o pagamento das suas obrigações ao longo dos próximos 6 meses.

Tirando do campo das estatísticas para o dos números frios, significa dizer que temos 120 milhões de endividas, e que 12 milhões tem dívidas que não conseguem pagar.

Apenas para efeito de comparação, seria como se toda a população da Noruega, Croácia e Uruguai estivesse endividada.

Se você, assim como a maioria da população brasileira, está sentindo a corda no pescoço quando o assunto é dinheiro, preste atenção nas 7 dicas para se livrar das dívidas de uma vez por todas. Este artigo pode ser de grande ajuda para resolução dos seus problemas.

#1 Comprometimento familiar

Se você mora sozinho, pode desconsiderar este tópico (grite alto para que seus vizinhos ouçam “Hasta la vista, baby” e pule para a dica #2).

Se você é casado(a) ou mora com sua família, saiba que esta é uma das dicas mais importantes. De nada adianta você estar imbuído na missão de limitar os gastos para pagar dívidas se sua família não está ajudando, ou até atrapalhando. O resultado da tentativa de economizar serão apenas desentendimentos, brigas e a consequente fama de ser chato ou “mão de vaca”.

É importante que todos os membros da casa estejam cientes da situação financeira em que a família se encontra (quem faz parte do navio faz parte do barco), assim todos poderão contribuir, seja gastando menos, produzindo mais ou pelo menos não atrapalhando.

#2 Controle do dinheiro

Grande parte da população brasileira não sabe quanto ganha e nem quanto gasta ao longo do mês. Essa falta de controle é algo que prejudica a tentativa de economizar para pagar as dívidas, já que não podemos controlar o que não podemos medir.

Para que você veja a importância de controlar o dinheiro, saiba que dentro da população brasileira endividada temos um grande número de pessoas oriundas da classe A, a mais abastada economicamente. Isso prova que devido à falta de controle financeiro, mesmo famílias com alto poder aquisitivo podem se ver em sérias dificuldades financeiras.

Uma solução simples para o problema da falta de controle é o uso de planilhas. Tanto faz se as mesmas são feitas no excel, através de aplicativos ou escritas em cadernos velhos. O importante é ter o controle do dinheiro que entra e sai do bolso ao longo do mês. Quanto melhor for a organização da sua planilha melhor.

Caso precise de um modelo inicial de planilha para começar, é só clicar neste link para fazer o download da nossa planilha gratuita.

#3 Cuidado com o cartão de crédito

O cartão de crédito pode virar uma verdadeira arma financeira não mãos de pessoas despreparadas. Devido à possibilidade de comprar sem sentir o dinheiro diminuindo na carteira, muitas pessoas perdem o controle, gastam mais do que podem e acabam acumulando dívidas com juros altíssimos no cartão de crédito.

Se você for uma dessas pessoas, se livre do cartão e negocie a dívida com a empresa credora. Outra dica é evitar ao máximo pagar apenas o mínimo da fatura do seu cartão, sempre que possível pague a totalidade da fatura, nem que para isso tenha que recorrer a outras formas de crédito.

Lembre-se que os juros do cartão de crédito estão entre os mais altos (algumas empresas chegam a cobrar mais de 17% ao mês).

#4 Evite comprar por impulso

Quando estamos endividados, é especialmente importante gastar o mínimo possível com supérfluos. Nesta hora, o conhecimento próprio é especialmente importante.

Se você sabe que não consegue frear seus próprios impulsos consumistas, evite ir a locais com amplas ofertas, ainda mais em épocas de promoção.

Quem nunca levou algum item, que acabou nem usando, apenas porque estava barato?

Enquanto estiver com dívidas, sempre se pergunte “eu realmente preciso comprar isso?

#5 Diga não à ostentação

Vivemos em uma sociedade implacável, onde muitas vezes somos julgados pelas roupas que vestimos, pelo celular que usamos e pelo carro que temos (ou não temos). Por conta disto, vivemos o maior surto consumista jamais visto.

Você com certeza conhece alguém que troca de celular todo ano, que troca de carro em curtíssimos períodos de tempo ou que gasta rios de dinheiro para andar na moda apenas porque outras pessoas também fazem.

Se você tem dinheiro e sente necessidade de gastá-lo com os itens descritos acima, tudo bem. O problema sério é se você tem dívidas e continua jogando dinheiro pelo ralo com os itens acima.

Uma das frases mais famosas e mais bem escritas sobre ostentação diz o seguinte:

Ostentação é comprar o que não precisa, com dinheiro que não tem, para impressionar pessoas que não conhece, a fim de tentar ser uma pessoas que não é”

 Controle seus gastos com o supérfluo, com certeza você não vai passar por grandes apuros porque não tem o último modelo de Iphone.

#6 Negocie suas dívidas

Se você não consegue, mas quer pagar suas dívidas, saiba que seu credor com certeza também quer receber o dinheiro de volta.

Portanto, vale a pena sentar e negociar melhores condições de pagamento para que os valores caibam no seu bolso.

#7 Troque dívidas “caras” por uma que apresente custo mais baixo

Se você tem dívidas que crescem a taxas exorbitantes (como no cartão de crédito, por exemplo), esta dica é muito importante.

Na tabela abaixo, você pode ver exemplos de taxas de juros cobradas por diferentes formas de crédito disponíveis no mercado. Repare que as taxas de juros cobradas no cartão de crédito e cheque especial são bem mais altas que as taxas cobradas pelo empréstimo consignado e pessoal.

Dívidas:

Juros mensais:

Empréstimo consignado

2%

Empréstimo pessoal

6,86%

Cheque especial

5,41% a 9,31%

Cartão de crédito

7,15% a 16,56%

Portanto, se você deve dinheiro nas formas mais caras de crédito e tem a opção de pegar empréstimos com juros bem mais baixos, vá em frente. Dessa forma sua dívida crescerá de maneira bem mais lenta.

Apenas para ilustrar a diferença financeira que esta decisão pode trazer para sua vida, montei uma tabela mostrando a evolução de uma dívida de R$ 1.000 no cartão de crédito (juros de 16% ao mês) em comparação com a mesma dívida no empréstimo consignado (juros de 2% ao mês).

Tempo Transcorrido

Cartão de Crédito

Empréstimo Consignado

1 mês

R$ 1.160,00 R$ 1.020,00

6 meses

R$ 2.436,40

R$ 1.126,16

12 meses R$ 5.936,03

R$ 1.268,24

Observe que a diferença entre as formas de crédito ficou em R$ 4.667,79 no final de 12 meses. Logo, use os juros compostos a seu favor para se livrar as dívidas.

Conclusão

Primeiro, vamos resumir as 7 dicas para se livrar das dívidas de uma vez por todas:

# 1 Comprometimento familiar

# 2 Controle do dinheiro

# 3 Cuidado com o cartão de crédito

# 4 Evite comprar por impulso

# 5 Diga não à ostentação

# 6 Negocie suas dívidas

# 7 Troque dívidas “caras” por uma que apresente custo mais baixo

Os leitores mais antigos do Você MAI$ Rico já devem ter percebido o quanto admiro a capacidade que algumas frases de efeito têm de expressar grandes ideias em poucas palavras. E para esta conclusão existe uma frase do escritor e filósofo inglês Francis Bacon que é perfeita:

Se o dinheiro não for teu escravo, ele será o teu mestre”

Ou você controla seu capital e faz com que ele trabalhe para você ou será escravo do dinheiro a vida toda, bem como de quem o possui. Pare de se endividar, use as dicas deste artigo para assumir o controle de sua vida financeira. Os benefícios de uma vida sem dívidas vão muito além da parte financeira.

Espero que este artigo tenha sido útil.

Grande abraço!

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