A verdade sobre o dinheiro que torna os ricos mais ricos e os pobres mais pobres

Responda a seguinte pergunta:

Você sabe como o dinheiro funciona?

Pense bem antes de responder. Essa pergunta aparentemente simples é um dos fatores responsáveis por deixar os ricos cada vez mais ricos enquanto os pobres não conseguem sair do mesmo lugar.

Acha que sua resposta não foi lá essas coisas?

Não se sinta mal, isso não é culpa sua. Você faz parte dos milhões de brasileiros que desconhecem o funcionamento do dinheiro, simplesmente porque a formação educacional do nosso país não está voltada para esse tipo de questão.

Neste artigo irei revelar a verdade sobre como o dinheiro funciona, e o que você deve fazer para ganhar no jogo do dinheiro.

Para isso, vou ter que explicar como o dinheiro, na maneira como o utilizamos hoje, foi inventado…

O Começo

Com a evolução do homem e o crescente domínio do ambiente ao seu redor, passamos da mera condição de caçadores/coletores para a de agricultores capazes de produzir excedentes alimentícios. Isso permitiu que outros seres humanos se especializassem em diferentes atividades.

Com as várias especializações, conseguimos fabricar diversos utensílios e, consequentemente, surgiu à necessidade de trocá-los. Prática que hoje chamamos de escambo.

O problema dessa prática era a dificuldade de negociação caso uma das partes não necessitasse do que a outra pretendia trocar.

Por exemplo: eu tenho uma lança e gostaria de trocá-la por um escudo, entretanto, o dono do escudo não quer uma lança. Ele quer três galinhas.

Com isso, eu teria de me virar para encontrar alguém que tivesse galinhas e estivesse disposto a trocá-las por uma lança, e torcer para que o escudo ainda estivesse lá quando eu aparecesse com as galinhas. Complicado, não é?

Visando simplificar este processo, o homem resolveu dar mais um passo na caminhada evolutiva do dinheiro.

Passamos a atribuir valor a objetos raros que pudessem ser estocados e transportados com facilidade, para utilizá-los de maneira padronizada em trocas comerciais.

Estes objetos poderiam ser sementes, conchas, sal (usado pelos romanos, originou a palavra salário) e metais preciosos.

O dinheiro nessa época ficou conhecido como Moeda-Mercadoria, pois além de ter valor comercial, ainda tinha um valor intrínseco por ser uma mercadoria que poderia ser usada ou consumida.

O uso do ouro como dinheiro

A ideia de que o ouro é valioso fez parte da cultura de vários povos que nunca tiveram contato entre si. Este metal excepcional foi um dos preferidos para funcionar como dinheiro, muito antes que o mundo soubesse de várias de suas características.

Dentre suas propriedades estão o fato de ser um recurso escasso, brilhante, bom condutor de calor/eletricidade e ser extremamente maleável (pode ser transformado até mesmo em fios).

Cunhar moedas de ouro com o rosto dos soberanos da época era algo simples mesmo para culturas primitivas.

Substituído pelo papel moeda, o ouro foi utilizado por muito tempo como referência comercial e, até hoje, alguns investidores enxergam o ouro como o “dinheiro verdadeiro” devido a sua escassez e valor intrínseco.

Essas características fazem com que o ouro tenha a tendência de se  valorizar com o passar do tempo.

A era do papel-moeda

Embora os metais fossem moedas muito melhores do que sal e conchas, ainda tinham problemas, como a dificuldade de transportar grandes quantidades devido ao elevado peso (uma barra de ouro do tamanho de uma caixa de leite pesa 19 kg).

Para resolver este problema, alguns comerciantes passaram a depositar seu ouro em instituições que garantiam a segurança e pureza dos mesmos (os primeiros bancos), e realizar trocas comerciais usando apenas os papéis dos certificados de depósito dos quais eram donos.

Quando alguma troca comercial era feita, bastava que o novo detentor do certificado fosse até o banco e retirasse o ouro, ou continuasse a passar o certificado à frente. Este foi o início do chamado “Dinheiro Representativo”.

O próximo passo do Dinheiro Representativo seria guardar o ouro em bancos e estabelecer uma padronização regional para representar seu valor, o papel-moeda.

Como o papel-moeda representava o ouro guardado em um banco, esse dinheiro ficou conhecido como “Dinheiro lastreado em ouro”.

Para que um governo pudesse emitir mais papel-moeda, era necessário ter mais ouro estocado, caso contrário estaria desvalorizando sua moeda.

Foi o que ocorreu no primeiro pico inflacionário do Brasil República quando Rui Barbosa, então ministro da fazenda, resolveu imprimir mais papel-moeda sem, no entanto, aumentar as reservas de ouro do país.

O resultado dessa prática foi assustador: desvalorização monetária de mais de 50% em apenas 2 anos e inflação na casa dos dois dígitos.

A perda da realidade

O próximo passo rumo a nossa era atual ocorreu quando governos que tinham pouco ouro em estoque viram a necessidade de fabricar mais papel-moeda para dinamizar suas economias e facilitar trocas comerciais.

Para não fazer isso de maneira devastadora para o estado, a solução adotada foi emitir mais papel-moeda com a promessa governamental de que o mesmo tinha valor.

Dessa maneira, o papel-moeda era desvinculado do ouro (fim do Dinheiro lastreado em ouro) e era vinculado à promessa do governo de que o mesmo tinha valor (início do “Dinheiro sem lastro”).

O primeiro país a adotar este sistema foi a Suécia. Pouco tempo depois, outros países seguiram o exemplo sueco, até que todo o mundo tivesse trocado seu sistema monetário.

Hoje, a referência comercial é o dólar, vinculado à promessa do governo americano de seu valor comercial, sem mais nada que o ligue ao mundo real.

A verdade sobre o dinheiro

Chegamos a tão esperada verdade sobre o dinheiro, aquela que te fará dar um salto em comparação com quem não há conhece.

Preparado? Então vamos lá…

A verdade sobre o dinheiro (papel-moeda sem lastro) é que o mesmo vale menos a cada dia.

Isso acontece por conta de um motivo…

O dinheiro se tornou um recurso inesgotável

Na época em que o dinheiro era vinculado ao ouro, era necessário ter mais ouro para imprimir mais papel- moeda. Portanto, o dinheiro era um recurso esgotável que mantinha seu valor.

Com o Dinheiro sem lastro, não há mais vinculação com nenhum objeto tangível. O dinheiro se tornou um recurso inesgotável, podendo ser criado sempre que o governo bem entender.

Além de inesgotável, o dinheiro tem a característica de permanecer circulando na economia por grandes períodos. Veja o seguinte exemplo:

O veterinário João da Silva vai ao mercado e gasta R$ 50 em compras. Em seguida, o dono do mercado usa os R$ 50 que ganhou de João para pagar seu fornecedor de carnes. O fornecedor usa os mesmo R$ 50 para pagar o fazendeiro que lhe vendeu a carne. O fazendeiro usa os mesmos R$ 50 para pagar o veterinário (João da Silva) que cuida de seus animais.

Observe que no final deste ciclo todos os participantes obtiveram algum bem ou serviço e os R$ 50 permaneceram na economia voltando para a mão do primeiro dono, o veterinário João da Silva.

Por conta dessas características do dinheiro sem lastro, tivemos como consequência o fenômeno conhecido como inflação.

Inflação

A inflação pode ser definida como o aumento da oferta monetária, ou seja, mais dinheiro circulando na economia. O principal efeito dessa circulação cada vez maior de papel-moeda é o aumento generalizado dos preços.

Dessa maneira, as pessoas que vivem exclusivamente de seus salários ficam mais pobres a cada dia. Pois sua renda não sofre reajustes capazes de acompanhar a subida da inflação.

Para ilustrar o potencial destruidor da inflação, montei a tabela abaixo que compara o poder de compra de R$ 100 em 2003 com o ano atual:

Quantia

Poder de compra em 2003

Poder de compra em 2014

R$ 100

Equivalente a R$ 100

Equivalente a R$ 47

Imagine que você perdeu R$ 100 embaixo do colchão em 2003 e só achou esse dinheiro em 2014.

Na prática, teria sido como só ter encontrado R$ 47 dos R$100 perdidos. Isso porque o poder de compra dos R$ 100 de 2003 caiu assustadores 53% em 11 anos devido à inflação registrada no período.

Guardar dinheiro embaixo da cama, definitivamente, não é uma boa ideia”

Como os ricos ganham no jogo do dinheiro enquanto os pobres não saem do lugar

Agora que você já sabe como o dinheiro funciona, e sabe que a inflação tem o poder de nos deixar mais pobres a cada dia, chegou o momento de saber como os ricos minimizam os efeitos da inflação e ganham no jogo do dinheiro.

Enquanto os pobres não investem dinheiro ou ao fazê-lo escolhem aplicações financeiras ruins (títulos de capitalização ou poupança), os ricos investem em ativos que se valorizam acima da inflação.

Alguns exemplos de ativos que costumam se valorizar acima da inflação são:

– ouro,

LCI e LCA,

títulos públicos (Tesouro Direto),

ações de boas empresas,

– cotas de fundos imobiliários,

imóveis,

bitcoins e

negócios próprios.

Especificando o tópico negócios próprios. O dono de um negócio também sofre os efeitos do aumento dos preços, porém, não necessariamente paga por eles. Uma vez que pode repassar estes custos ao cliente final e manter sua margem de lucro inalterada.

Bônus – O melhor ativo para se investir

Investir em conhecimento rende sempre os melhores juros (Benjamim Franklin, inventor e político americano)”

Entre todos os ativos nos quais você pode investir, conhecimento é, de longe, o melhor.

Já disse em outros posts e faço questão de repetir que pequenas quantias investidas em conhecimento são capazes de gerar retornos milionários para o resto da vida.

Portanto, invista em conhecimento, aprenda mais comprando livros, fazendo cursos e indo a seminários. Sem dúvida, estas aquisições irão te render ótimos dividendos.

Como sugestão de leitura, indico os excelentes e-books:

Alocação de ativos e

Como investir em imóveis

O primeiro já me fez ganhar, e o segundo deixar de perder, muito dinheiro.

Conclusão

Um tolo e seu dinheiro logo se separam (James Howell, historiador galês)”

Para terminar este artigo, acho conveniente lembrar as principais ideias que foram passadas:

# O dinheiro (papel-moeda sem lastro) se desvaloriza com o tempo

# A inflação diminui o poder de compra do dinheiro a cada dia

# Os ricos ficam mais ricos porque investem em ativos que se valorizam acima da inflação

# Os pobres não saem do lugar porque dependem apenas de seus salários, não investem ou fazem-no da maneira errada

# Conhecimento – O melhor investimento de todos

Agora você já sabe da verdade e compreende porque os ricos acumulam dinheiro enquanto os pobres, por mais que tentem, não saem do lugar.

Espero que tenha entendido a importância de saber investir e empreender.

Se você não se sente seguro sobre investimento e negócios, recomendo que leia os artigos do Você MAI$ Rico sobre estes temas e retire suas dúvidas deixando comentários sempre que achar necessário.

Prometo respondê-los o mais rápido possível.

Grande abraço e até a próxima!

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